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Caminhonete Chevrolet D10 1984 ainda preserva originalidade

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A Chevrolet D10 foi uma das caminhonetes mais respeitadas dos anos 80 e 90, até mesmo nos dias atuais ela é admirada e respeitada pela fama e confiabilidade conquistada ao longo dos anos.

Encontrar exemplares em condições impecáveis nos dias atuais dessa lenda da Chevrolet não é uma tarefa fácil para pessoas comuns, porém para o principal caçador de relíquias automotivas do Brasil já não é tão difícil. Há pouco tempo Reginaldo de Campinas apresentou em seus canais oficiais o magnifico carro que ilustra essa reportagem.

Caminhonete Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas
Caminhonete Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

Ano 1984, com apenas 51 mil quilômetros rodados, motor 3.9 a diesel e câmbio manual, essa caminhonete que não está disponível para venda dispensa comentários, é uma verdadeira capsula do tempo que hoje engrandece e embeleza a garagem de um sortudo colecionador.

Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

Caminhonetes Série 10 da Chevrolet

A Chevrolet Série 10, uma notável linha de picapes fabricada pela General Motors no Brasil de 1964 a 1997, representa uma parte importante da história automobilística do país. Ela foi concebida como uma versão adaptada das icônicas picapes americanas C/K, projetada sob a orientação de Luther Whitmore Stier, que trouxe sua expertise dos Estados Unidos para a fábrica brasileira. Esse projeto de desenvolvimento demandou dois anos de cuidadosa engenharia e design.

A jornada da Série 10 começou com o modelo C-14, uma picape de cabine simples, que posteriormente foi aprimorada com três versões adicionais: a C-15, caracterizada por um chassi mais longo, a C-1414, que introduziu a inovação de cabine dupla, e a SUV C-1416, carinhosamente apelidada de “Veraneio”, projetada para uso misto e que se destacou por sua versatilidade. A “Veraneio” encontrou ampla aplicação como veículo policial, ambulância e carro fúnebre.

No ano de 1974, a C-14 e a C-15 foram rebatizadas como C-10, marcando uma evolução na nomenclatura. Posteriormente, surgiram variantes movidas a diesel (D-10) e a álcool (A-10), atendendo às necessidades e preferências dos consumidores da época.

Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

A série também desempenhou um papel notável no âmbito militar, com a Engesa utilizando-a como base para a criação de veículos militares especiais, destacando-se por sua robustez e capacidade de adaptação.

Ao longo de sua história, a Série 10 passou por várias atualizações estéticas para se manter relevante. Em 1966, a grade dianteira ganhou um visual mais limpo e prateado. Dois anos depois, os quatro pequenos faróis foram substituídos por dois maiores. Alterações no painel de instrumentos, como a mudança do velocímetro de um formato de transferidor de 180º para um design circular, trouxeram melhorias ao interior das picapes. A “Veraneio” também passou por essas atualizações em 1970.

A partir de 1985, a C-10 e A-10 entraram em uma segunda geração que compartilhava o visual da Série 20 (C20, D20, A20), proporcionando uma experiência mais moderna e sofisticada aos motoristas. Em 1992, a Série 10 passou por uma reestilização significativa, adotando faróis trapezoidais inspirados no Opala, além de uma nova grade e um painel de instrumentos redesenhado. A capacidade de carga da Série 10 é impressionante, com 750 kg, embora seja um pouco menor do que a Série 20, que pode transportar até 1020 kg.

Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

A Chevrolet Série 10 permanece uma parte essencial da rica herança automobilística do Brasil, marcando uma era de inovação e versatilidade na fabricação de picapes. Seu legado perdura na memória dos entusiastas e na estrada, onde algumas dessas icônicas picapes continuam a rodar, mantendo viva a história da indústria automobilística brasileira.

Motorização e Câmbio

Em 1973, o motor 261 passou por um upgrade, recebendo novos pistões que aumentaram sua potência para impressionantes 149 cavalos de potência. Cinco anos depois, em 1978, surgiu a opção diesel conhecida como D-10, equipada com o robusto motor Perkins 4.236 de 3,8 litros. Essa versão se destacou como a mais resistente da série e também estava disponível para a C10, que tinha capacidade para uma tonelada de carga.

Na linha de 1979, o motor 250 com 4100cc substituiu o 261, oferecendo uma potência de 148 cavalos brutos na versão a gasolina e 127 cavalos líquidos na versão ABNT. Além disso, havia a versão a álcool chamada A-10, que produzia 134 cavalos líquidos, e uma versão de 4 cilindros chamada 151, que entregava 99 cavalos brutos.

Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

Inicialmente, os veículos da Série 10 vinham com duas opções de câmbio: um de 3 marchas, conhecido como M-14, que foi inicialmente mais popular, e outro de 4 marchas, chamado M-20, que se tornou predominante a partir de meados dos anos 70. Os veículos também eram equipados com um diferencial de 3,9:1 e tinham uma impressionante capacidade de carga útil de cerca de 750 kg. Em 1979, também foi introduzido o motor Chevrolet 151, com uma capacidade de 2.5 litros.

Chevrolet D10

A Chevrolet D10 é uma caminhonete icônica que fez parte da história automotiva da General Motors (GM) e é muito apreciada por entusiastas de veículos antigos. Abaixo, você encontrará um cronograma resumido sobre a história da Chevrolet D10:

1950s – 1960s: Os Primórdios

  • 1958: A General Motors lança a Chevrolet Brasil, uma subsidiária brasileira da GM.
  • 1964: A Chevrolet D10 é lançada como a primeira caminhonete média produzida pela Chevrolet no Brasil.
  • 1966: A D10 é equipada com um motor de seis cilindros em linha.

1970s – 1980s: Expansão e Popularidade

  • 1972: A D10 passa a ser equipada com motores a diesel.
  • 1976: A Chevrolet D10 ganha uma nova geração, com mudanças significativas no design.
  • 1980: A produção da D10 continua a crescer, consolidando-a como uma caminhonete popular no Brasil.

1990s – 2000s: Fim da Linha

  • 1991: A Chevrolet D10 é descontinuada, substituída pela S10.
  • 1996: A produção da D10 cessa definitivamente.
  • 2001: Apesar de não ser mais produzida, a D10 continua a ser um veículo apreciado por colecionadores e entusiastas.

Atualidade: Veículo Clássico

  • A Chevrolet D10 é considerada um veículo clássico no Brasil e muitos entusiastas a restauram e mantêm como um símbolo da história automotiva do país.
Chevrolet D10 1984 / Foto: Reginaldo de Campinas

A Chevrolet D10 teve um papel importante na história da indústria automobilística brasileira, sendo uma das primeiras caminhonetes médias produzidas no país e conquistando muitos fãs ao longo dos anos. Ela deixou uma marca duradoura como um veículo clássico e é lembrada com carinho por aqueles que a apreciam.

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